Mas vamos começar, o
BANDA DO MAR
Não eram nem 14 horas quando Mallu Magalhães, Marcelo Camelo e Fred Ferreira subiram no palco Skol. Com o Sol ameno em Interlagos, a Banda do Mar fez um show que mesclou algumas faixas dançantes com as mais lentas, predominantes na carreira do casal vocalista. A presença do público surpreendeu os dois, que disseram duas vezes não esperar aquela quantidade de gente. “ Não esperávamos vocês aqui em grande número e animados, isso é muito importante para nós. Muito obrigado”, comentou Camelo.
BOOGARINS
Com o cancelamento de Marina and the Diamonds, os horários do palco Axe foram rearranjados e oBoogarins acabou se apresentando às 14h, uma hora depois do previsto, no mesmo slot da Banda do Mar. Com a concorrência de Marcelo Camelo e Mallu Magalhães, o público ficou reduzido, mas quem ficou pôde conferir de perto o franco amadurecimento da banda de Goiânia, que tem se apresentado em diversos festivais por todo o mundo.
FITZ AND THE TANTRUMS
Do outro lado do Autódromo de Interlagos, às 15h, o Fitz and the Tantrums botou quem chegou cedo no Lollapalooza para se mexer. Em sua primeira vez no Brasil, o grupo comandado pela dupla de vocalistasMichael Fitzpatrick e Noelle Scaggs promoveu uma baladinha que mistrou elementos de música eletrônica com um ritmo dançante, especialmente em uma versão cheia de groove de "Sweet Dreams", doEurythmics.
ALT-J
O local começou a encher na hora do show do Alt-J, que se comprovou como um dos grupos mais promissores no line-up de sábado. Faixas como "Fitzpleasure", "Something Good", "Matilda", "Tesselate" e "Breezeblocks" foram tocadas de forma impecável, em um som que, apesar de um baixo estourado no comecinho, teve qualidade de estúdio.
KASABIAN
Kasabian mudou o clima do Lollapalooza. Até aquele momento, somente bandas com uma cara mais independente e alternativa tinham passado pelo autódromo. Quando os ingleses entraram no palco Onix, os primeiros acordes da guitarra simobilzavam uma guinada para o rock, que ainda seria homenageado por Robert Plant e Jack White naquela noite. A apresentação, porém, não se limitou a isso e tornou o morro de Interlagos numa festa que misturava rock, música eletrônica e dance. Resultado: um dos melhores shows da edição 2015 do Lollapalooza Brasil.
ST. VINCENT
Quem deu aula de performance em cima do palco foi Annie Clark, a frontman do St. Vincent. De voz delicada e presença fortíssima, a vocalista esbanjou talento na guitarra em melodias que parecem um sampler no disco, mas são tocados por Clark. A banda é pequena (são apenas ela, um baterista, um tecladista e uma baixista), mas a força dos riffs e a mistura de ritmos faz parecer que há uma multidão tocando em cima do palco.
ROBERT PLANT
No comecinho da noite, a expectativa era alta por conta da apresentação de Robert Plant, cuja apresentação estava marcada para às 18h20. Cercado de atrações alternativas, indies e eletrônicas, o ex-vocalista do Led Zeppelin se arriscou no português - disse "ei galera" e "muito obrigado" - e entregou o que o público queria: músicas da banda que o lançou ao estrelato.
MARCELO D2
A adição de Marcelo D2 ao time de atrações do Lollapalooza foi o melhor problema da edição desse ano, que sofreu com cancelamentos de última hora. O show cantor do cantor substituiu como terceira opção as apresentações de SBTRKT e Kodaline no palco AXE, que estava com um bom público, mesmo dividindo atenções com Robert Plant e sua surpreendente homenagem ao Led Zeppelin.
Não existe surpresa no show de D2. Tudo que é esperado está lá. Do Planet Hemp às incursões de hip hop e samba que faz até hoje na carreira solo - sempre acompanhado por Fernandinho Beatbox. Houve tempo também para uma homenagem a Chorão, vocalista do Charlie Brown. Jr, falecido em 2013. “A gente se encontrava para fumar um”, disse, antes de cantar “1967”. A apresentação se encerrou com “Qual É”, sucesso de A Procura da Batida Perfeita, um dos símbolos do hip hop brasileiro.
SKRILLEX
Skrillex colocou fogo no Lollapaloza. Depois de se apresentar na tenda eletrônica em 2012, o rei do dubstep ganhou espaço em um dos palcos principais do festival e não fez feio, em uma apresentação frenética e explosiva. O público respondeu à altura, correndo ensandecidamente para o palco Onix e, confirmando, já nos primeiros minutos, que aquela seria a apresentação mais lotada do primeiro dia.
JACK WHITE
Fechando o primeiro dia, Jack White fez um show de rock à moda antiga: intenso, com influências claras de gêneros como o blues e o country, mas sem deixar de lado os improvisos e o experimentalismo que são sua marca registrada. Acompanhado por músicos extremamente competentes - com destaque para a violinista Lillie Mae Rische e o baterista Daru Jones -, White fez um show preciso tecnicamente, mas com um feeling daquelas bandas que parecem que vão sair do controle a qualquer momento.
White não parou em cima do palco. Uma hora, estava com a característica guitarra. Em outra, pulava para o piano. Em "Three Women", fez uma jam comandando o teremim, um instrumento eletrônico russo com duas antenas que detectam a posição das mãos do músico no ar.
BASTILLE
O Lollapalooza 2015 guardou a sua única banda pop para o final do primeiro dia. Quando o Bastilleapareceu e o telão mostrou as fãs chorando de emoção ao som de “Bad Blood” ficou claro que ali estava um grupo de sucesso imediato e com um público mais jovem. O restante da plateia do Lolla estava no palco Skol acompanhando o rock de Jack White - e a divisão estava equilibrada, talvez um pouco maior para o roqueiro, mas nada absurdo. Os dois lugares estavam com o bom número de pessoas.
Simpáticos nas palavras (Dan Smith falou bastante em português) e na vestimenta (o baterista Chris Wood usava uma camiseta da Seleção Brasileira), os ingleses fizeram uma apresentação animada, que mesclou bem as baladinhas lentas com as batidas dançantes de faixas como “Things We Lost In The Fire”, “Bad Blood”, “Of The Night” e, claro, “Pompeii” - escolhida para encerrar o dia com fogos de artifícios ao fundo.
fonte: omelete
0 comentários :
Postar um comentário